Roteiro pelo Deserto do Atacama
- Ana Clara
- 9 de abr.
- 4 min de leitura
Roteiro pelo Deserto do Atacama: tudo o que você precisa saber antes de embarcar nessa aventura!
Se você está sonhando com paisagens de outro planeta, desertos avermelhados, salares brilhantes e noites estreladas de cair o queixo, o Deserto do Atacama, no norte do Chile, é o seu próximo destino! E pode confiar: essa viagem vai te surpreender muito mais do que as fotos do Instagram deixam transparecer. Neste post, vamos te mostrar como sair de São Paulo rumo ao Atacama, qual moeda levar, onde comer, o que fazer e muito mais. Bora nessa?
Como chegar ao Atacama saindo de São Paulo?
Primeiro spoiler: não existe voo direto para o Atacama. Mas calma que não é complicado! O ponto de entrada para a região é a cidade de Calama, onde está o aeroporto mais próximo do deserto. Aqui vai o passo a passo:
1. Voo São Paulo – Santiago (Chile): voos diários diretos pela LATAM, Sky Airline e JetSmart. A viagem dura cerca de 4 horas.
2. Voo Santiago – Calama: mais 2 horas de voo. Também com boas opções de horários e preços.
3. De Calama a San Pedro de Atacama: o trajeto final é uma viagem terrestre de 1h30 até a charmosa San Pedro, a cidade base para explorar o deserto. Você pode ir de transfer (agendado com antecedência), ônibus ou alugar um carro.
Dica esperta: compre os voos com antecedência e já agende seu transfer. Chegar de noite no deserto e ainda ter que negociar transporte pode ser um perrengue.
Preciso de visto? E o idioma?
Se você é brasileiro, não precisa de visto nem passaporte para entrar no Chile. Um RG em bom estado e emitido há menos de 10 anos já resolve.
O idioma oficial é o espanhol, mas em San Pedro muita gente fala português (ou pelo menos se esforça bem!). Saber algumas frases básicas em espanhol ajuda bastante, principalmente em tours e restaurantes locais.
Qual moeda levar para o Atacama?
Aqui vai o pulo do gato: leve dólares. A moeda oficial do Chile é o peso chileno (CLP), e o câmbio mais vantajoso costuma ser trocar dólares em casas de câmbio em Santiago ou na própria San Pedro. Evite levar reais, pois o câmbio direto real–peso chileno não compensa.
Cotação média:
• 1 USD ≈ 950 CLP (abril/2025)
• Um prato em restaurante médio custa cerca de 8 a 12 USD
• Uma cerveja artesanal: 3 a 5 USD
• Tour Valle de la Luna: 25 USD em média
Ah! Leve uma parte em dinheiro vivo — muitos lugares não aceitam cartão, especialmente em mercados de artesanato e tours locais.
Quantos dias ficar no Atacama?
O ideal é ficar pelo menos 5 dias inteiros. Menos que isso e você corre o risco de perder passeios imperdíveis (ou passar mal por causa da altitude!). A aclimatação é real: San Pedro de Atacama está a 2.400 metros acima do nível do mar, e alguns passeios vão até mais de 4.000 metros.
Roteiro básico de 5 dias:
• Dia 1: chegada + aclimatação
• Dia 2: Valle de la Luna + Valle de la Muerte
• Dia 3: Lagunas Altiplânicas + Salar de Atacama
• Dia 4: Gêiseres del Tatio (acordar às 4h da manhã, sim!) + termas
• Dia 5: passeio livre, mercadinhos e retorno
Se tiver mais tempo, dá pra incluir o Trekking na Laguna Escondida, um bate-volta para o Vale do Arco-Íris, ou até cruzar para a Bolívia e conhecer o Salar de Uyuni. Experiência surreal!
O que fazer no Atacama?
A lista é grande, então se liga nas atrações imperdíveis:
1. Valle de la Luna e Valle de la Muerte
Paisagens lunares, formações rochosas incríveis e pores do sol de tirar o fôlego.
2. Lagunas Altiplânicas (Miscanti e Miñiques)
Lagos azul-turquesa rodeados por montanhas nevadas. Parece CGI, mas é real!
3. Salar de Atacama e Laguna Chaxa
Para ver flamingos, planícies de sal e aquela vibe “fim do mundo”.
4. Gêiseres del Tatio
Campo geotérmico com vapor saindo do chão — o tour começa de madrugada, mas vale cada minuto de frio.
5. Termas de Puritama
Piscinas naturais quentinhas em meio ao cânion. Relax total.
6. Passeio astronômico
O céu do Atacama é um dos mais limpos do mundo. Você vai ver as estrelas como nunca antes.
Onde comer em San Pedro de Atacama?
San Pedro tem opções pra todos os bolsos — e algumas pérolas gastronômicas escondidas. Aqui vão alguns achados:
• Adobe: restaurante clássico, com parrilla chilena e ótimo ambiente. Vale experimentar o cordeiro e a paila marina.
• Lola: vibe descontraída, drinks criativos e pratos bem servidos.
• La Picá del Indio: comida boa e barata. Perfeita para mochileiros.
• Babalu Heladería: sorvetes artesanais exóticos — já pensou em provar sorvete de coca?
Informações úteis sobre o Chile
Antes de fazer as malas, é legal saber um pouco mais sobre o país:
• Nome oficial: República do Chile
• Forma de governo: República democrática presidencialista
• Presidente atual: Gabriel Boric (desde 2022)
• Moeda: Peso chileno (CLP)
• Câmbio aproximado: 1 USD ≈ 950 CLP
• Idioma oficial: Espanhol
• Tomada: Tipo C e L (leve adaptador!)
Dica bônus: evite o mal da altitude
Sim, ele existe — e pega desprevenido quem chega empolgado demais. Algumas dicas para não passar mal:
• Beba muita água
• Evite álcool nos primeiros dias
• Caminhe devagar nos passeios
• Leve balas de coca ou chá de coca (vendidos localmente)
• Não subestime o frio: leve roupa térmica, corta-vento e gorro, mesmo que vá no verão.
O Deserto do Atacama é um dos lugares mais mágicos da América do Sul. Cada passeio parece uma viagem a outro planeta — e tudo isso a poucas horas de São Paulo. Com organização, espírito aventureiro e muita disposição, você vai viver dias inesquecíveis. E o melhor: gastando bem menos do que em destinos europeus ou nos EUA.
Se você curte natureza extrema, céu estrelado, cultura andina e aquele mix de aventura com contemplação, o Atacama é o seu lugar no mundo.
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